Ex-presidente critica silêncio institucional e acusa sistema de parcialidade diante de fala de Jerônimo Rodrigues
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu nesta segunda-feira (5) à polêmica declaração do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), que sugeriu jogar Bolsonaro e seus eleitores “na vala com enchedeira”. A resposta foi publicada por Bolsonaro em suas redes sociais, no Instagram.
“Não houve abertura de inquérito, nem busca e apreensão, tampouco convocação da Polícia Federal para apurar incitação à violência. Nenhuma nota de determinado do STF, nenhuma indignação de determinado ministro que se diz fervoroso interessado no assunto, nenhuma capa de jornal tratando o caso como ‘ameaça à democracia’. Ao contrário: silêncio, cumplicidade ou até aplausos discretos”, escreveu Bolsonaro.
Bolsonaro denuncia institucionalização da violência política
“Esse tipo de discurso, vindo de uma autoridade de Estado, não apenas normaliza o ódio como incentiva o pior: a violência política, o assassinato moral e até físico de quem pensa diferente. É a institucionalização da barbárie com o verniz de ‘liberdade de expressão progressista'”, declarou.
Bolsonaro também destacou um padrão de tratamento desigual entre governistas e opositores:
“Agora imagine se um apoiador de Bolsonaro dissesse algo remotamente parecido, ou usasse a palavra ‘vala’ em qualquer contexto. Seria manchete, seria prisão, seria processo por ‘discurso golpista’ e ‘incitação ao ódio’. O padrão é claro: só há crime quando convém ao sistema, só há repressão quando o alvo é a oposição”.
Críticas ao sistema e à blindagem institucional
Encerrando sua publicação, Bolsonaro acusou setores do alto escalão do poder de praticarem o oposto do que pregam:
“A verdadeira ameaça à democracia não está em frases de WhatsApp ou em manifestações populares. Está no alto da cadeia de poder, onde os que gritam por ‘tolerância’ e ‘combate às fake news’ são os mesmos que, na prática, incitam o ódio, mentem descaradamente e permanecem blindados por um sistema que escolheu lado”, concluiu.
A declaração de Jerônimo Rodrigues ocorreu durante evento oficial na Bahia e vem gerando ampla repercussão, com pedidos de investigação e cobranças de isonomia no tratamento de discursos considerados violentos.
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