MPF denuncia Breno Altman por racismo e apologia ao crime

 


Ministério Público Federal acusa jornalista de antissemitismo e incitação, após publicações sobre o Hamas e Israel

Ministério Público Federal (MPF) apresentou uma denúncia contra o jornalista Breno Altman, acusando-o de praticar racismo contra judeus e de fazer apologia a crimes. O caso tem origem em uma representação da Confederação Israelita do  (Conib), que classificou postagens de Altman nas redes sociais como ofensivas e antissemitas.

Investigação anterior da  não encontrou crime

Antes da denúncia, a Polícia Federal havia investigado o jornalista e concluído que ele não havia cometido crime, entendendo que suas manifestações estavam amparadas pela liberdade de expressão. O MPF, porém, discordou da conclusão e entendeu que as publicações configuram discurso de ódio.
De acordo com o procurador Maurício Fabretti, as mensagens analisadas, publicadas entre outubro de 2023 e fevereiro de 2025, ultrapassam os limites da crítica política e caracterizam incitação e apologia a práticas criminosas.

Publicações sobre o Hamas motivaram denúncia

Altman, que é judeu, tem histórico de críticas ao governo de Israel e ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Em suas postagens, defendeu que o Hamas representa uma “resistência  frente ao Estado israelense.

Em uma das mensagens, posteriormente apagada, o jornalista escreveu:

“Podemos não gostar do Hamas, discordando de suas políticas e métodos. Mas essa organização é parte decisiva da resistência da Palestina contra o Estado colonial e Israel. Relembrando o ditado chinês, nesse momento não importa a cor dos gatos, desde que cacem ratos.”

Conib alegou que o texto e outras manifestações do jornalista “normalizam atos terroristas do Hamas”, o que configuraria antissemitismo, com base na definição da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA) — conceito que foi rejeitado pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos e pelo governo  no início do ano.

Altman reage e acusa Conib de perseguição política

Em resposta, Breno Altman negou as acusações e afirmou que a Conib atua como uma “agência camuflada de um Estado estrangeiro”, referindo-se a Israel. Ele defendeu que a entidade deveria ser “processada e desarticulada”, por, segundo ele, tentar silenciar opiniões críticas ao sionismo.

A denúncia do MPF ainda aguarda análise judicial e só se tornará uma ação penal se for aceita pela  Federal.

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