Artur Gomes da Silva Neto, descrito como brilhante e estratégico, teria fraudado créditos de ICMS em troca de propina
MP aponta auditor como mentor de fraude bilionária
Carreira e formação: destaque acadêmico e influência na Sefaz
Graduado e mestre em engenharia aeronáutica pelo ITA, onde foi o primeiro colocado da turma, Artur também foi aprovado em Medicina na USP e no IME. Com carreira de destaque, chegou a receber um prêmio da Embraer, que incluiu uma viagem para visitar a NASA e empresas aeroespaciais nos Estados Unidos.
Ingressou na Sefaz-SP em 2006, onde chegou ao posto de supervisor da Diretoria de Fiscalização (Difis), setor responsável por coordenar o trabalho de outros auditores. Segundo o MP, ele dominava todas as etapas do processo de liberação de créditos tributários, desde a elaboração de documentos até a aprovação final.
Como funcionava o esquema?
De acordo com as investigações, o grupo liderado por Artur movimentou cerca de R$ 1 bilhão em propinas desde 2021. Empresas de varejo recebiam ressarcimentos de créditos de ICMS em valores acima dos devidos, além de forma acelerada, o que lhes permitia revender esses créditos a terceiros, gerando lucros milionários.
Carreira e formação: destaque acadêmico e influência na Sefaz
Graduado e mestre em engenharia aeronáutica pelo ITA, onde foi o primeiro colocado da turma, Artur também foi aprovado em Medicina na USP e no IME. Com carreira de destaque, chegou a receber um prêmio da Embraer, que incluiu uma viagem para visitar a NASA e empresas aeroespaciais nos Estados Unidos.
Ingressou na Sefaz-SP em 2006, onde chegou ao posto de supervisor da Diretoria de Fiscalização (Difis), setor responsável por coordenar o trabalho de outros auditores. Segundo o MP, ele dominava todas as etapas do processo de liberação de créditos tributários, desde a elaboração de documentos até a aprovação final.
Documentos obtidos pela imprensa mostram que Artur orientava executivos, produzia relatórios internos para a Sefaz e autorizava transferências de créditos. Há também suspeitas de que ele tenha contratado serviços de cibersegurança para ocultar ou recuperar valores ilícitos.
Prisões e investigações em andamento
A operação do MP-SP resultou na prisão de Sidney Oliveira (Ultrafarma), de um diretor da Fast Shop e de outras três pessoas. A apuração segue em sigilo, mas novas etapas não estão descartadas.
O MP afirma que as provas reunidas indicam um esquema bem estruturado e com múltiplas camadas, envolvendo servidores públicos e empresários de grandes grupos do varejo.
Salário e movimentações suspeitas
Conforme dados do Portal da Transparência, Artur recebia um salário bruto de R$ 33,8 mil, com rendimento líquido de R$ 25,5 mil em junho deste ano.
Investigadores observaram que ele tirou férias e licenças-prêmio em sequência nos últimos meses, um comportamento incomum. Essas licenças são concedidas a cada cinco anos de serviço sem punições administrativas e levantaram suspeitas de que ele poderia estar tentando se afastar em momentos estratégicos.
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