“Gênio do Crime”: Auditor da Sefaz-SP É Acusado de Liderar Esquema Bilionário com Ultrafarma

 


Artur Gomes da Silva Neto, descrito como brilhante e estratégico, teria fraudado créditos de ICMS em troca de propina


MP aponta auditor como mentor de fraude bilionária

Ministério Público de  (MP-SP) identificou Artur Gomes da Silva Neto, auditor fiscal da Secretaria da Fazenda de São Paulo (Sefaz-SP), como o principal articulador de um esquema bilionário de  tributária envolvendo créditos de ICMS. Aos 47 anos, o servidor foi preso na terça-feira (12) durante uma operação que também resultou na detenção de Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, de um executivo da Fast Shop e de outras três pessoas.
Segundo os promotores do caso, Artur era o responsável por acelerar e ampliar indevidamente o ressarcimento de créditos a empresas, em troca de pagamentos de propina. Eles o descrevem como um verdadeiro “gênio do crime”.

Carreira e formação: destaque acadêmico e influência na Sefaz

Graduado e mestre em engenharia aeronáutica pelo ITA, onde foi o primeiro colocado da turma, Artur também foi aprovado em Medicina na USP e no IME. Com carreira de destaque, chegou a receber um prêmio da Embraer, que incluiu uma viagem para visitar a NASA e empresas aeroespaciais nos Estados Unidos.

Ingressou na Sefaz-SP em 2006, onde chegou ao posto de supervisor da Diretoria de Fiscalização (Difis), setor responsável por coordenar o trabalho de outros auditores. Segundo o MP, ele dominava todas as etapas do processo de liberação de créditos tributários, desde a elaboração de documentos até a aprovação final.


Como funcionava o esquema?

De acordo com as investigações, o grupo liderado por Artur movimentou cerca de R$ 1 bilhão em propinas desde 2021. Empresas de varejo recebiam ressarcimentos de créditos de ICMS em valores acima dos devidos, além de forma acelerada, o que lhes permitia revender esses créditos a terceiros, gerando lucros milionários.

Carreira e formação: destaque acadêmico e influência na Sefaz

Graduado e mestre em engenharia aeronáutica pelo ITA, onde foi o primeiro colocado da turma, Artur também foi aprovado em Medicina na USP e no IME. Com carreira de destaque, chegou a receber um prêmio da Embraer, que incluiu uma viagem para visitar a NASA e empresas aeroespaciais nos Estados Unidos.

Ingressou na Sefaz-SP em 2006, onde chegou ao posto de supervisor da Diretoria de Fiscalização (Difis), setor responsável por coordenar o trabalho de outros auditores. Segundo o MP, ele dominava todas as etapas do processo de liberação de créditos tributários, desde a elaboração de documentos até a aprovação final.

Documentos obtidos pela imprensa mostram que Artur orientava executivosproduzia relatórios internos para a Sefaz e autorizava transferências de créditos. Há também suspeitas de que ele tenha contratado serviços de cibersegurança para ocultar ou recuperar valores ilícitos.

Prisões e investigações em andamento

A operação do MP-SP resultou na  de Sidney Oliveira (Ultrafarma), de um diretor da Fast Shop e de outras três pessoas. A apuração segue em sigilo, mas novas etapas não estão descartadas.

O MP afirma que as provas reunidas indicam um esquema bem estruturado e com múltiplas camadas, envolvendo servidores públicos e empresários de grandes grupos do varejo.

Salário e movimentações suspeitas

Conforme dados do Portal da Transparência, Artur recebia um salário bruto de R$ 33,8 mil, com rendimento líquido de R$ 25,5 mil em junho deste ano.

Investigadores observaram que ele tirou férias e licenças-prêmio em sequência nos últimos meses, um comportamento incomum. Essas licenças são concedidas a cada cinco anos de serviço sem punições administrativas e levantaram suspeitas de que ele poderia estar tentando se afastar em momentos estratégicos.



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