Ministro da Fazenda defende aumento do imposto e corte de benefícios fiscais para zerar déficit em 2025
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (1º) que a manutenção do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e a aprovação de medidas para elevação da receita são fundamentais para que o governo atinja a meta de déficit zero em 2025.
Haddad também declarou que pretende cortar R$ 15 bilhões em benefícios fiscais, medida que considera essencial para reforçar o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal:
“Essa medida reforça o compromisso do governo federal com a responsabilidade fiscal”, afirmou.
Ele garantiu que a meta fiscal de zerar o déficit está mantida e que a equipe econômica segue buscando alternativas para garantir o equilíbrio das contas públicas.
Revogação do IOF no Congresso gera crise
A derrubada do decreto que aumentava o IOF na semana passada pelo Congresso representou uma grande derrota para o governo Lula. A medida passou com 383 votos a favor e 93 contra na Câmara, e teve votação simbólica no Senado.
A AGU (Advocacia-Geral da União) confirmou que vai recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar reverter a decisão legislativa. O recurso já havia sido cogitado por Haddad na semana passada.
A derrubada de um decreto presidencial dessa forma é rara: a última ocasião registrada foi em 1992, durante o governo Collor.
Falta de resposta de Hugo Motta
Ainda nesta terça, Haddad revelou que aguarda um retorno do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a respeito da decisão de pautar a revogação do aumento do IOF:
“O que não sabemos é a razão pela qual mudou o encaminhamento que havia sido anunciado no domingo. Estou aguardando o retorno de uma ligação que fiz para ele na semana passada. Fiz uma ligação e estou aguardando o retorno.”
O ministro alegou que havia um acordo com o governo Lula sobre a tramitação da matéria e que não foi informado da mudança de posição por parte da presidência da Câmara.
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