Após nova destituição, Ednaldo aciona Gilmar Mendes para seguir no cargo

 


Cartola busca reverter decisão do TJ-RJ e impedir novas medidas judiciais até julgamento definitivo

Afastado novamente do comando da Confederação Brasileira de  (CBF) recorreu nesta quinta-feira (15) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular a decisão do Tribunal de  do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que o retirou da presidência da entidade.

O pedido foi protocolado dentro do processo que discute a validade de acordos entre o Ministério Público e entidades esportivas. A defesa de Ednaldo argumenta que o acordo que resultou em sua permanência no cargo foi homologado pela Suprema Corte, e solicita que, caso a decisão não seja suspensa, o STF determine o cumprimento do estatuto da CBF — que prevê a posse do vice-presidente mais velho, Hélio Menezes, em caso de vacância.

Sessão decisiva no STF agendada para 28 de maio

O STF deverá julgar o mérito da questão no próximo dia 28 de maio, em uma sessão que pode decidir o futuro de Ednaldo Rodrigues na CBF. Foi nesse mesmo processo que, em janeiro de 2024, o ministro  concedeu liminar permitindo seu retorno ao cargo após um afastamento anterior em dezembro de 2023.

Além da anulação da decisão do TJ-RJ, Ednaldo pediu que o ministro notifique o desembargador Gabriel Zéfiro para que não tome novas decisões sobre a presidência da CBF enquanto a liminar estiver vigente.

Entenda a decisão do TJ-RJ

desembargador Gabriel Zéfiro, do TJ-RJ, determinou nesta quinta-feira (15) o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente da CBF. A justificativa foi a nulidade do acordo que encerrou a disputa judicial em torno de sua eleição, com base em indícios de falsificação de assinatura e incapacidade mental de um dos signatários, o ex-presidente da CBF Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes.

Zéfiro nomeou o vice-presidente  como interventor provisório, encarregado de convocar eleições para a nova diretoria da CBF o mais rápido possível.

Reação de Ednaldo Rodrigues

O afastamento de Ednaldo Rodrigues ocorreu enquanto ele participava de um evento da Fifa em Assunção, no Paraguai. Mesmo após anunciar a contratação de Carlo Ancelotti, treinador italiano de renome, sua permanência no cargo vinha sendo contestada por setores internos e externos da CBF.

“Acredito que este é o início de uma nova situação em que irá ser feita a Justiça, a continuidade de Ednaldo no cargo era incabível”, afirmou o vereador Marcos Dias (Podemos-RJ), autor da denúncia que levou à decisão judicial.

Dias sustenta que houve falsificação no acordo que garantiu a permanência de Ednaldo e apresentou um laudo pericial independente que apontou a “impossibilidade de vinculação do punho” de Coronel Nunes à assinatura constante no documento.

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