Após Ameaça de Moraes, Aldo Rebelo Critica STF em Vídeo

 


Ex-ministro denuncia desequilíbrio entre os Poderes e questiona supremacia do Supremo Tribunal Federal

ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo publicou um vídeo em suas redes sociais neste sábado, 24, com críticas contundentes ao Supremo Tribunal Federal (STF). A gravação foi postada um dia após o ministro Alexandre de Moraes ameaçá-lo com  por desacato, durante uma audiência no processo que investiga uma suposta tentativa de  após as eleições de 2022.


“Brasil vive anomalia entre os Poderes”, diz Rebelo

Na gravação, Rebelo afirma:

“O Brasil vive uma anomalia na relação entre os poderes. Não estou falando das pessoas físicas, estou falando dos  do Estado brasileiro, do Tribunal Constitucional da nação brasileira, é disso que se trata.”

O ex-ministro destacou casos em que o STF teria interferido em prerrogativas do Executivo, como quando Alexandre de Moraes impediu Jair Bolsonaro de nomear  para a Polícia Federal em 2020.

Segundo Rebelo:

“Criou-se a noção de que todos os poderes estão subordinados à Constituição, menos o Supremo, ou pior do que isso, de que os outros poderes estão subordinados ao Supremo.”


A audiência que gerou a crise

Na sexta-feira (23), Aldo Rebelo foi ouvido como testemunha de defesa do ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, na ação penal sobre a tentativa de golpe. O conflito com Moraes começou quando Rebelo tentou relativizar uma fala atribuída ao militar, argumentando que expressões como “estar à disposição” não deveriam ser interpretadas literalmente.

Moraes então interrompeu a fala e afirmou que Rebelo não estava na reunião e, portanto, não poderia interpretar o contexto. Quando o ex-ministro se recusou a aceitar o que chamou de censura, o magistrado ameaçou prendê-lo por desacato.


Ex-integrante da cúpula petista

Rebelo teve longa trajetória dentro do governo petista, ocupando ministérios estratégicos durante os mandatos de Lula e  Rousseff, como o Ministério do Esporte, Ciência e Tecnologia, e Defesa. Após o impeachment de Dilma, distanciou-se do PT e passou a adotar posicionamentos mais críticos à atual configuração institucional do país.

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