Pesquisa: 73,7% dos Brasileiros Culpam Governo Lula Pela Alta nos Preços de Supermercado

 


Levantamento do Paraná Pesquisas revela percepção negativa em todas as regiões do país; maioria não vê melhora no horizonte econômico

A mais recente pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, divulgada nesta semana, mostra que 73,7% dos brasileiros responsabilizam o  do presidente Luiz Inácio  da Silva (PT) pelo aumento de preços nos supermercados desde o início do atual mandato. O levantamento foi realizado em 160 municípios, abrangendo os 26 estados e o Distrito Federal, com 2020 entrevistas presenciais e margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

A percepção de alta nos preços é generalizada em todas as regiões do país, inclusive no Nordeste, historicamente considerado reduto eleitoral de Lula, onde 65,1% dos entrevistados disseram perceber elevação nos valores dos produtos de supermercado. No Sul, o índice é ainda mais alto: 78,5%. As regiões Norte e Centro-Oeste registraram 76,9%, e o Sudeste76,6%.

Para 73,7% dos brasileiros, os preços nos supermercados aumentaram após a posse de Lula.

Apenas 7,1% disseram ter notado queda nos preços, enquanto 16,9% acreditam que os valores se mantiveram estáveis desde o início do governo.


68,4% não acreditam em melhora na economia até o fim do governo

A pesquisa também revelou baixo nível de otimismo em relação ao futuro econômico. Segundo o levantamento, 68,4% dos entrevistados não acreditam que a situação vá melhorar até o fim do governo Lula, enquanto apenas 25,7% demonstraram esperança em relação a uma possível recuperação econômica.

Essa frustração contrasta com promessas de campanha do presidente, como a simbólica “picanha com cerveja”, que, segundo os dados, está cada vez mais distante da realidade da população.

68,4% dos brasileiros não esperam que os preços da picanha e da cerveja fiquem mais acessíveis no atual governo.


Para maioria, situação financeira segue igual ou pior

O levantamento também investigou como os brasileiros avaliam sua situação financeira atual, e os resultados apontam estagnação ou piora:

  • 42,7% disseram que a situação continua igual;
  • 36,8% afirmaram que piorou;
  • Apenas 18,9% perceberam melhora em suas condições financeiras;
  • 1,6% não souberam ou preferiram não responder.

Esses dados vão na contramão do discurso oficial do governo, especialmente do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem afirmado que a economia está em recuperação e que os indicadores são positivos.


Reações políticas e sociais

Os resultados da pesquisa devem intensificar o debate político sobre a condução econômica do governo, especialmente diante do crescimento da insatisfação popular em áreas sensíveis, como alimentação, renda e poder de compra. A falta de expectativa de melhora pode impactar diretamente o apoio ao governo nas próximas eleições e reforçar o discurso da oposição, que vem associando o aumento do custo de vida à atual gestão petista.


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